
A Organização das Nações Unidas (ONU) designou o dia 20 de junho como o Dia mundial do refugiado. A data é uma forma de homenagear todas as pessoas que deixam os seus países por motivo de conflitos ou perseguições.
No contexto contemporâneo, recordar a data é um ato político, na opinião do professor Mohammed Elhajji, da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, coordenador do Fórum de Migrações e do Simpósio de Pesquisa sobre Migrações e líder do Grupo de Pesquisa em Migrações Transnacionais e Comunicação Intercultural (Diaspotics).
“A forma como um país ou uma sociedade acolhem os refugiados diz muito sobre esse país ou sociedade. Revela o grau de sua humanidade e sua capacidade de aceitação da alteridade e da diferença. Os refugiados representam uma das expressões mais dramáticas da vulnerabilidade humana na atualidade. Por isso mesmo, o modo como são tratados constitui um claro reflexo dos valores estruturantes do ethos da sociedade que os recebe. A falha em proteger quem mais precisa, num mundo marcado cada vez mais pela brutalidade e violência, não é apenas nefasta para quem luta pela sobrevivência. Ela é sintoma da falência do próprio projeto social e político de um mundo justo e solidário”, afirma o docente.
O Nepp-DH/UFRJ reafirma o seu compromisso com a luta pela dignidade humana e contra todas as formas de violências opressões.