Neste 29 de janeiro comemora-se o Dia Nacional da visibilidade trans. A importância da data surge da luta por visibilizar as pessoas transexuais e travestis e combater a violência transfóbica.
O Brasil segue sendo, pelo 16º ano consecutivo, o país que mais mata pessoas trans no mundo, de acordo com mais recente Dossiê da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) (clique aqui para acessar). Ainda de acordo com o relatório, em 2024, foram registrados 122 assassinatos contra pessoas trans no país. O número representa um ligeira queda em relação a 2023, com 145 homicídios desse tipo.
Também segundo o documento, o perfil das vítimas é majoritariamente de “jovens trans negras, empobrecidas, nordestinas e assassinadas em espaços públicos, com requintes de crueldade”. O estado que registrou o maior número de casos foi São Paulo. A vítima mais jovem tinha apenas 15 anos.
A data retoma o ano de 2004, quando teve início o diálogo entre a sociedade civil e o Congresso Nacional para o combate a esse tipo de violência. Por este motivo, Céu Cavalvanti, presidente do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), doutora em Psicologia pela UFRJ e ativista trans, acredita que o 29 de janeiro é um marco na luta pelo respeito à diversidade. “Segue nos convocando hoje a pautar, reivindicar e construir presentes e futuros com acesso, dignidade, cidadania plena e respeito para todas as pessoas trans”, afirma.