
Primeiro de maio é o Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora. A data é uma homenagem aos “Mártires de Chicago”: cinco operários anarquistas presos, condenados e executados em 1o de maio de 1886, naquela cidade, por reivindicarem a jornada de oito horas diárias de trabalho. Em 1889, durante a Segunda Internacional Socialista, as organizações de trabalhadores que participavam do congresso, realizado em Paris, adotou a data como forma de marcar a luta por dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo.
A primeira comemoração, no entanto, ocorreu em 1890, durante o Círculo de Trabalhadores de Havana, que reuniu cerca de 3 mil pessoas. À época, Cuba era uma colônia espanhola, ainda muito distante do país que se tornaria após a revolução de 1959. Seus cidadãos, entretanto, já nutriam o sonho de emancipação que se realizaria mais de meio século depois.
Ainda hoje, a luta por dignidade se faz necessária, em um diferente contexto e em bases distintas. A precarização é uma realidade em um mundo em que os vínculos empregatícios e as garantias trabalhistas se reduzem a um percentual cada vez menor de trabalhadores.
“Consideradas as precarizações das relações de trabalho contemporâneas, que comprometem o avanço civilizatório, nada mais atual do que a luta das trabalhadoras e trabalhadores do mundo, uni-vos!”, afirma Maria Celeste Simões Marques, professora do Nepp-DH e do PPDH/Nepp-DH/UFRJ e coordenadora do Grupo de Estudos Direitos Humanos e Justiça (GEDHJUS).
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